terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Mudanças bruscas de temperatura - Parte 1


Devido ao excesso da emissão de CO2, CH4, N2O, decorrentes da queima de combustíveis fosséis, o aquecimento global está mais acelerado, esses gases retêm o calor proveniente das radiações solares, como se funcionassem como o vidro de uma estufa de plantas, esse processo causa o aumento da temperatura. O aumento da temperatura também trás outra problema o desgelo. Outros fatores que contribuem bastante para as alterações climáticas são os desmatamentos e a constante impermeabilização do solo causada pela urbanização.

A temperatura ambiente perfeita para o ser humano é entorno de 20-24º C. Uma intensa variação de temperatura está acontecendo no mundo hoje. Ocorrem picos de calor e logo depois frio extremo. As quatro estações em um mesmo dia. Os médicos dizem que o organismo interpreta essa mudança brusca como uma agressão e procura se defender. Até que ponto seu organismo suporta tamanhas mudanças?

O sistema respiratório é o primeiro a sentir as alterações: “A pessoa tem coriza, tem tosse, tem catarro, tem obstrução nasal, é difícil não só para o público leigo, mas mesmo para o médico, às vezes, distinguir o que é uma inflação pelo frio, de um fenômeno alérgico, viral, uma infecção propriamente”, diz Ciro Kirchenchtejn, pneumologista da Unifesp.

Quando há calor excessivo, o corpo tenta regular a temperatura interna, que deve ser mantido na faixa de 36,5ºC para funcionar perfeitamente, e a forma mais rápida e eficiente disso ocorrer é através do suor . Acima dos 45 ºC, o calor mata as células e "cozinha" os órgãos internos e afetariam as reações químicas e a atividade das enzimas envolvidas no metabolismo, as proteínas podem desnaturar, alterando sua configuração de forma a lesá-las ou matá-las. Para ficar longe da zona de perigo, ao menor sinal de quentura - causada pela temperatura externa, por fatores emocionais, como nervosismo, ou por atividades físicas, como uma corrida - os termorreceptores espalhados pelo corpo dão um alerta. A mensagem é recebida pelo nosso termostato: a região do hipotálamo (no centro do cérebro), que aciona vários mecanismos para refrescar o corpo, como a circulação sanguínea superficial e a transpiração. O sangue passa a irrigar áreas próximas à pele, o que torna mais fácil trocar calor com o exterior - é aquele vermelhão que surge nas bochechas, por exemplo. Mas só isso não adianta. Eficaz mesmo é a transpiração, que ocorre nas glândulas sudoríparas espalhadas pela derme. "O suor resfria a superfície da pele e abaixa a temperatura interna", diz o médico José Ribas Milanez de Campos, da Universidade de São Paulo. Apesar de indispensável, a transpiração é um drama se ocorre em excesso. É o caso de quem sofre de hiperidrose, um distúrbio que faz algumas regiões do corpo se encharcarem sem motivo. Cerca de 1% da população tem o problema, que pode ser corrigido com cirurgia.


F.1 - Quando recebe o sinal de calor, o hipotálamo, por meio do sistema nervoso simpático, avisa às glândulas sudoríparas que é hora de suar. Localizadas na derme, as glândulas são "tubos" com 5 mm de extensão. São pequenas, mas numerosas: temos três milhões delas no organismo, a maior parte nas regiões da cabeça, axilas, mãos, virilhas e pés;


F.2 - O suor é produzido dentro da glândula ou, se o calor for muito grande, com água retirada dos tecidos ao redor. Ele é formado basicamente por água (99%) e sais minerais, como sódio e potássio. Apesar de não ter cheiro, pode feder ao entrar em contato com as bactérias presentes na pele; O corpo quente cede energia, na forma de calor, às partículas de água que formam o suor. Ao chegar à pele, parte do suor evapora e o calor que estava dentro do organismo se dissipa no ambiente. O processo é constante e pode passar despercebido. Em um dia quente de verão, um adulto pode perder, em média, entre 2 e 2,5 litros de água pela transpiração.

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