quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Um novo tratamento para o extremo da dependência química - Parte II

Na segunda parte deste post, destacamos a opinião explicação de alguns estudiosos da ibogaína para o tratamento de dependentes. Confira abaixo o que separamos para você.

Estudos feitos pela Universidade de Nova York com o auxílio de eletroencefalograma mostraram que as ondas cerebrais de um paciente que ingeriu ibogaína é semelhante ao comportamento de pessoas na fase do sono em que sonhamos. “O sonho renova a mente e, se no sono comum temos apenas cinco minutos de sonho a cada duas horas, na ibogaína são 12 horas de sonho intensivo”, é o que diz o gastroenterologista Bruno Daniel Chaves, que estuda o tema desde 1994. A este nível a ação da ibogaína se divide em três partes, na primeira se experimentam apresentações visuais e pensamentos relacionados a acontecimentos passados. Depois de aproximadamente 5 horas, a pessoas se encontra em um período intelectual, onde essas experiências são avaliadas e a terceira etapa é um período que resultará em sono. Após o despertar do paciente, verifica-se a falta de desejo de tomar ou procurar drogas das quais ele se encontrava dependente.

É importante destacar que as respostas a este medicamento variam de acordo com o indivíduo.

Em diversos países como Dinamarca, Bélgica e Suécia que a droga é proibida, porém no Brasil a Agência Nacional de Vigilância Sanitária informou que não há restrições legais para o uso de ibogaína, entretanto o uso deste medicamento não está regularizado. Por isso os tratamentos são considerados experimentais.

Cápsulas de ibogaína, usadas no tratamento de dependêntes químicos.

A importação do medicamento é feita pelos próprios pacientes e custam cerca de 5 mil reais por uma sessão. Durante a sessão, o paciente, após passar por exames médicos, se deita em uma cama, ingere as cápsulas de ibogaína e fica sobre seu efeito por até 72 horas, enquanto os médicos o monitoram.

Vale ressaltar que a literatura já registrou 12 óbitos relacionados ao uso de ibogaína nos últimos quarenta anos, provocados por queda na freqüência cardíaca. No entanto, Deborah Mash, neurologista da Universidade de Miami, que já acompanhou cerca de 500 tratamentos diz que não há registro de morte provocada por ibogaína em ambiente hospitalar. “As morte registradas ocorreram em tratamentos de fundo de quintal, em que as pessoas fizeram uso concomitante de ibogaína e outras substâncias”, afirma Chaves.

No entanto o efeito deste medicamento não é mágico, a recuperação do dependente exige a combinação do tratamento psicoterápico com a mudança de hábitos. É importante a participação em algum grupo de narcóticos anônimos e o distanciamento de pessoas que consomem drogas. Um paciente que se curou seguindo este tratamento afirmou: “Tive uma sensação de bem estar (após consumir ibogaína), mas é um efeito que se perde depois.”


*As informações encontradas neste post foram baseadas no site http://pt.azarius.net/encyclopedia/29/Iboga_na/ e na edição de número 230 da revista Galileu.

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